Melhor teatro lírico, Municipal equilibra tradição e diálogo com o presente

Adriano Vizoni/Folhapress

Sexta-feira à noite no Theatro Municipal. Membros da Ópera de Paris apresentam trechos de “Carmen”, obra de George Bizet em que uma cigana se apaixona por um soldado. Eram as mesmas notas e letras em francês que parisienses ouviram na estreia do espetáculo, em 1875.

Mas a apresentação paulistana trazia uma novidade. Dois cantores do grupo eram brasileiros: o barítono Luis-Felipe Sousa e a soprano Lorena Pires, descendente de quilombolas do sul da Bahia. Um elenco de excelência que seria improvável há 150 anos.

Entre tradição e renovação, a casa centenária foi eleita o melhor teatro lírico de São Paulo pela segunda vez pelo júri da Folha.

De acordo com Andrea Caruso Saturnino, superintendente geral da instituição, o Municipal tem buscado uma harmonia com os tempos de hoje. Na prática, significa aumentar a participação de grupos com menos espaço em óperas. Foi o que aconteceu em “O Guarani”, do brasileiro Carlos Gomes, apresentada em janeiro. A montagem manteve a história original sobre o amor entre um indígena e uma mulher de origem portuguesa, mas ganhou perspectiva nova, com o ativista Ailton Krenak na concepção.


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