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Dia Consciência Negra: tempo de lembrar da luta contra desigualdade social

Consciência Negra 3

É preciso eliminar do caminho o racismo, o preconceito, o machismo, a homofobia e todas as formas de desigualdade social. Os desafios são muitos, mas a Sustenidos Organização Social de Cultura tem o diferencial de contar com uma superintendência de desenvolvimento social que garante a promoção do tema na prática, em de acordo com as demais diretorias. Ter uma área específica, porém, não é privilégio, é compromisso com a sociedade e respeito ao ser humano.

Na rotina da instituição, as práticas pedagógicas e as atividades socioeducativas levam em consideração o repertório e a identidade local, bem como o perfil diversificado da comunidade, valorizando os grupos étnicos e populações específicas, como a cultura das tribos indígenas e quilombos, entre outros grupos que constituem nossa comunidade. Esta variedade territorial e cultural transforma a diferença em potência.

Assim, no Dia da Consciência Negra (20/11) nossa função é reforçar a importância da batalha cotidiana pela equidade racial na sociedade brasileira. “A data é uma referência aos movimentos que lutam pela igualdade e equidade racial no País e uma homenagem à população negra que diariamente resiste e persiste em se manter viva, apesar das forças contrárias”, lembrou Francisco Cesar Rodrigues, Superintendente de Desenvolvimento da Sustenidos Organização Social de Cultura.

Com esse enfoque, nossos educadores e nossas educadoras incentivam a participação ativa e reflexiva dos alunos e das alunas, promovendo o diálogo em consonância com a prática do ensino coletivo, de forma a valorizar e respeitar o repertório trazido de casa. Um exemplo foi a riqueza gerada pelo Trilhas Culturais, trabalho de pesquisa e mapeamento realizado por alunos e alunas do Projeto Guri em seus municípios.

Durante as atividades socioeducativas são trabalhadas questões de gênero, empoderamento de meninas, inclusão, igualdade e equidade raciais. Temas que dialogam tanto no campo da formação humana, como na mobilização social de empregados, empregadas, alunos, alunas, famílias, redes e comunidades.

A busca por esta sociedade mais justa e igualitária faz parte da rotina em “promover, com excelência, a educação musical e a prática coletiva da música, tendo em vista o desenvolvimento humano de gerações em formação”.

Há muito para caminhar, mas há avanços. O contrato de gestão do Projeto Guri com a SECEC – Secretária Estadual de Cultura e Economia Criativa, por exemplo, garante vagas para 64% de alunos e alunas em situação de desproteção social, tendo como novos critérios de análise Guris de famílias com renda per capita de até ½ salário mínimo, de etnia negra, parda e indígena, com deficiências, síndromes e transtornos, em situação de violação de direitos, em medidas protetivas e em medidas socioeducativas de internação.

Para além de promover a aquisição de habilidades e conhecimentos, a Sustenidos reafirma o potencial transformador do conhecimento, com direito inalienável do cidadão à cultura, com ênfase na linguagem e na aprendizagem da música, contribuindo para a formação de sujeitos integrados positivamente na sociedade.

Para nós, hoje é mais um dia de reforçar a raça, a voz e a cultura ancestral africana, berço da humanidade.

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